domingo, 15 de janeiro de 2012



Ela olha para o relógio que marca 23 horas, e como num impulso bate aquela vontade repugnada de ligar para ele, mas lembra que a esta altura da noite ele deve estar em seu mais sublime sono, logo a vontade é contida. Com o barulho dos pingos de chuva caindo lá fora, ela debruça se sobre a cama no intuito de adormecer, mas seu atormentante pensamento vem à tona. A pobre garota fica ali, Imaginando como seria a amor por ele correspondido.
Passam-se horas e as poucas lembranças elevam a para outro mundo, ao qual ela sempre foge. Com a coberta a rossar seu corpo, vagamente a lembrança daquele abraço, onde aquelas fortes mãos enroscavam em sua cintura trazendo mais próximo de si num leve instante seus rostos se encostam sentindo o calor de ambos. Como uma demonstração de carinho entre eles. Em cada gesto ela fotografa milimetricamente para não ter a impossibilidade de não recordá-lo. Ele tem sido tão confrontador a ela. Minuciosos gestos e aquele andar. Ahhh que andar! Ela jura não ter encontrado nunca em sua vida alguém com aquele andar tão provocante. Como ele a ousa em provocar. Pior que ela cai, tem caído sempre e não consegue disfarçar. Desde o primeiro dia que o encontrou jamais tirou ele da mente e pra piorar enfiou ele dentro do coração, onde hoje já não consegue mais tirar.

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